terça-feira, 13 de outubro de 2015

O Rio São Francisco

    O Rio São Francisco ou Velho Chico, está na sua pior seca dos últimos 100 (cem) anos. Ele nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, passa por 521 municípios e 5 estados: Pernambuco, Minas Gerais, Alagoas, Sergipe e Bahia.



      A população que vive em suas margens sofre cada vez mais. Em algumas áreas do rio, chegam a aparecer ilhas e a profundidade chega a 70 cm. Em Petrolândia, existiam igrejas submersas, mas agora já estão reaparecendo.




                            Transposição do Velho Chico

       Esse projeto prevê a melhora na qualidade de vida de muitas pessoas que vivem no Sertão do Nordeste, se constitui em dois eixos: Norte e Leste e futuramente Sul e Oeste.
       Essa transposição abastecerá muitas cidades mas tem lados bons e ruins. Veja abaixo.
      
Relatório de impacto ambiental
          Divulgado pelo Ministério da Integração Nacional, o projeto visa ao fornecimento de água para vários fins, sendo que a maioria seria dedicada à irrigação: 70% para irrigação, 26% para uso industrial e 4% para população difusa. Prevê-se que o sistema de transposição esteja em plena operação entre 15 e 20 anos do início das obras.
          Uma das críticas que se faz ao projeto é a ausência de estudos sobre os impactos na bacia doadora e seus afluentes e nas bacias receptoras.
O RIMA relatou 44 impactos ambientais previstos devido à obra, entre os principais estão: 
  • Impactos positivos:
  1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.
  2. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de abastecimento urbano já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais.
  3. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado.
  4. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural. Estima-se que 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudo na Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%).
  • impactos negativos:
  1. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras.
  2. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos distintos dos existentes e a alteração dos volumes de água nos rios receptores promoverão uma seleção das espécies. 
  3. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os canais e a imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao término da obra, a dispensa de trabalhadores pode ser foco de conflitos.
  4. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterará o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades.


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